Washington, 1 jun (EFE).- A temporada de furacões no Oceano
Atlântico começou nesta terça-feira, aumentando a ameaça para o meio
ambiente no litoral do Golfo do México, pois pode levar o vazamento
de petróleo terra dentro e poluir restingas e rios.
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla
em inglês) advertiu que esta pode ser uma das temporadas mais ativas
na história.
A entidade prevê a formação de entre 8 e 14 furacões, dos quais a
metade poderia ser de grande potência. Alem disso, podem acontecer
entre 14 e 23 tempestades tropicais.
O local onde afundou a plataforma que originou o vazamento de
petróleo está no caminho de passagem de alguns dos furacões mais
devastadores, como o "Camille", em 1969, e o "Katrina", em 2005.
Os cientistas acreditam que o petróleo depositado no mar não
impedirá a formação das tempestades.
Um furacão dificultaria as operações de limpeza, das quais
atualmente participam mais de 20 mil pessoas e 1.700 navios.
Além disso, o vento e as ondas poderiam levar o material para o
interior de estuários e restingas, que são um elo muito importante
no ecossistema do Golfo do México.
Enquanto isso, a British Petroleum (BP) prepara-se para colocar
em prática uma nova tentativa para deter o fluxo de hidrocarbonetos,
depois que no sábado reconheceu que sua iniciativa anterior não
funcionou.
A companhia petrolífera usará robôs submarinos para serrar um
encanamento, colocar um selo e levar o petróleo e o gás natural até
um navio na superfície, em mais uma operação arriscada, cujo êxito
não está garantido.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, visitará
nesta terça, pela primeira vez, a zona afetada pela poluição, e se
reunirá com os fiscais dos estados de Louisiana, Alabama e
Mississipi.
Holder analisa se houve irregularidades que motivaram o desastre
e se a BP e suas empresas parceiras violaram normativas ambientais
americanas. EFE