BRASÍLIA (Reuters) - Líderes partidários avaliam que deverá ficar para depois das eleições municipais de outubro a votação do projeto que acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras (SA:PETR4) ser operadora da exploração do pré-sal.
O projeto é fundamental para a Petrobras, pois reduz a necessidade de investimentos da estatal enquanto a empresa lida com uma enorme dívida.
"O projeto do pré-sal deve ficar para o retorno das atividades depois das eleições", afirmou o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), em entrevista a jornalistas nesta terça-feira.
A ideia dos líderes é votar antes medidas provisórias que trancam a pauta do plenário da Câmara, segundo reportagem da Agência Câmara.
Havia expectativa de que o projeto sobre o pré-sal fosse votado na manhã desta terça-feira.
A proposta sobre o fim da obrigatoriedade como operadora no pré-sal, já aprovada no Senado, permite que a empresa possa fazer a opção por participar ou não de consórcios em leilões sob o regime de partilha.
A lei atual, aprovada na gestão do PT, determina que a Petrobras seja operadora em todos os consórcios com 30 por cento dos direitos, no mínimo.
Por isso, a Petrobras acabou ficando com 40 por cento dos direitos da mega área de Libra, a primeira do pré-sal licitada sob o regime de partilha --a empresa adquiriu em leilão uma participação adicional a sua obrigação; o restante ficou com Shell (20 por cento), Total (20 por cento) e as empresas chinesas CNOOC e CNPC, cada uma com 10 por cento.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)