Nova York, 11 jan (EFE).- As vendas de iPhone nos Estados Unidos poderiam aumentar este ano até 12 milhões de telefones adicionais, segundo os especialistas, se a Verizon finalmente começar a compartilhar com a AT&T a comercialização do aparelho no país, como deve ser anunciado nesta terça-feira.
A Verizon, a maior operadora de telefonia celular dos EUA, com mais de 93 milhões de clientes, convocou para esta terça-feira uma entrevista coletiva no Frederick P. Rose Hall do Lincoln Center de Nova York, mas não antecipou os detalhes.
Este secretismo - tão típico da Apple, a fabricante do iPhone - aumentou ainda mais os insistentes rumores que indicam que a Verizon anunciará finalmente que a partir do final do mês começará a vender a quarta geração do popular aparelho adaptado para que funcione com a tecnologia CDMA e que os meios de comunicação e blogs especializados batizaram de "ViPhone".
Além disso, o influente blog de tecnologia "All Things Digital" afirma que está previsto que o executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, participe do evento.
A isso se soma o fato de a Apple costumar fazer seus anúncios de novos produtos nas terça-feiras e que, segundo Boy Genius, e de ter negado os pedidos de férias para os empregados que as solicitaram para os primeiros dias de fevereiro, como fez nos dias seguintes ao lançamento do iPhone 4.
A notícia, que analistas e investidores já dão como certa, representará uma importante mudança na forma como a Apple comercializa seu cobiçado telefone, já que até agora sempre deu o monopólio a uma única operadora por país.
Esta mudança de estratégia nos EUA - onde o iPhone é vendido apenas pela AT&T desde que sua primeira versão foi lançada no mercado, em junho de 2007 -, permitirá à Apple impulsionar de novo as receitas que obtém com a comercialização do telefone no país.
Os especialistas consultados pelo "The Wall Street Journal", entre outros meios de comunicação, calculam que só neste ano a Verizon poderia vender entre 6 e 12 milhões de IPhones.
Segundo os dados mais recentes disponíveis, a AT&T vendeu nos nove primeiros meses de 2010 um total de 11,1 milhões de IPhones nos EUA. A empresa de consultoria Piper Jaffray & Co. calcula que essa quantidade poderia chegar a 14,5 milhões no ano.
Se os rumores forem confirmados, o anúncio do novo "ViPhone" ocorreria apenas alguns dias depois de terminar em Las Vegas a Consumer Electronics Show (CES), a maior feira internacional de eletrônica, onde mais uma vez a grande ausência foi a da Apple.
A proximidade entre o CES e a convocação da Verizon - que participou da feira e poderia ter aproveitado a mostra para fazer o anúncio - intensificou ainda mais os rumores.
Segundo a Piper Jaffray & Co, as vendas anuais da companhia poderiam aumentar entre 5% e 10% graças ao acordo com a Verizon, embora outras consultoras como a Gleacher apostam que esses números seriam ainda maiores.
A Verizon conta com sua capacidade para atrair novos clientes graças ao iPhone e com a de levar alguns do plano pré-pago para o pós-pago, mas também espera conquistar usuários da AT&T, embora os especialistas advirtam que a operadora também poderia sofrer com os problemas de saturação de rede, assim como sua concorrente.
Por sua vez, a AT&T quis se antecipar aos eventos e, na semana passada, reduziu à metade o preço da terceira geração do iPhone, que agora custa US$ 49 dólares para os que assinarem um contrato de dois anos com ela. EFE