O dólar segue volátil no mercado à vista e rondava a estabilidade na manhã desta terça-feira, 8, enquanto o dólar futuro de julho recua. A moeda à vista chegou a subir nos primeiros negócios, mas perdeu força após os dados do varejo brasileiro melhores que as medianas das expectativas do mercado, e dentro do intervalo das projeções.
Além disso, no câmbio, o dólar ante o real monitora a desvalorização externa frente peso mexicano, rublo e lira turca em meio a preocupações com a inflação global e espera de altas de juros diante ainda de expectativas pelos índices de preços ao consumidor da China, hoje à noite, e dos EUA, na quinta-feira (10).
O rublo russo se fortalece ante o dólar nesta manhã e deve continuar sendo demandado nos próximos dias, visto que há expectativas de que o Banco Central da Rússia volte a elevar juros na sexta-feira (11), segundo o ING. O banco holandês prevê que o aumento será de 25 a 50 pontos-base. A moeda russa também deve manter a sustentação antes da reunião de cúpula dos próximos dias 15 e 16 entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, dizem analistas do ING.
Na agenda, os investidores aguardam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa de Webinar do JPMorgan às 11h, no último dia em que os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) ainda podem fazer comentários antes de entrarem no período de silêncio de uma semana pré reunião do Copom. À tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento virtual do Bradesco BBI (15h30) e poderá comentar sobre a possibilidade de o governo prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 3,40% em maio, após um avanço de 2,22% em abril, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 14,13% no ano e avanço de 36,53% em 12 meses.
Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) apresentou alta de 0,81% na primeira quadrissemana de junho, taxa idêntica à registrada no fechamento de maio. O indicador acumula alta de 8,47% em 12 meses, maior do que o avanço de 7,47% no período até maio.
Às 9h38 desta terça, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,05%, a R$ 5,0345. O dólar futuro para julho recuava 0,22%, a R$ 5,0480.