Central, 21 abr (EFE).- O espaço aéreo europeu volta aos poucos a
normalidade após sete dias de perturbações provocadas pelas cinzas
de um vulcão na Islândia.
O vulcão situado sob a geleira Eyjafjälla entrou em erupção no
dia 20 de março, no sudoeste da ilha, e a nuvem de cinzas que
provocou semeou o caos entre as companhias aéreas europeias, que
tiveram que deixar de operar boa parte dos seus voos.
15 de abril.- O espaço aéreo do norte da Europa fica praticamente
fechado. As restrições afetam um quarto de todo o tráfego aéreo
europeu, segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação
Aérea (Eurocontrol).
16 de abril.- O espaço aéreo na Europa entra em colapso. Segundo
a Eurocontrol, 17 mil voos foram cancelados em toda Europa. As
cinzas do vulcão provocam o maior caos conhecido na história da
aviação.
17 de abril.- França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Suíça,
Holanda, Bélgica, Áustria, Polônia, Eslovênia, Croácia, Romênia,
República Tcheca, Hungria, Irlanda, Sérvia, Dinamarca, Noruega,
Finlândia, Suécia, Letônia, Estônia, Lituânia e Belarus são os
países afetados no terceiro dia de incidentes.
18 de abril.- Mais de 63 mil voos são afetados, diz a
Eurocontrol, no quarto dia de atividade vulcânica.
19 de abril.- Os ministros de Transporte da União Européia são
convocados pela Presidência espanhola de turno da UE para uma
reunião extraordinária via videoconferencia. Os países da UE aceitam
flexibilizar as restrições no espaço aéreo.
20 de abril.- O tráfego aéreo europeu recupera parte de sua
atividade, embora siga totalmente fechado em oito países (Reino
Unido, Dinamarca, Finlândia, Estônia, Letônia, Ucrânia, Eslovênia e
Eslováquia) e parcialmente em dois - norte da França e da Itália.
Nestes seis dias as limitações do espaço aéreo provocaram o
cancelamento de 9.372 voos na Espanha e mais de 80 mil na Europa.
A Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) assegura que
volta a ser seguro voar na Europa.
21 de abril.- A Agência Europeia para a Segurança na Navegação
Aérea, Eurocontrol, informa que não há nenhum espaço aéreo
totalmente fechado na Europa, embora se mantenham restrições
parciais na Alemanha, Finlândia, Reino Unido, Dinamarca, Suécia e
França.
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) avalia as
perdas sofridas pelas companhias aéreas em US$ 1,7 bilhão.