Londres, 13 mar (EFE).- Os países da "eurozona" acertaram os
termos de um resgate multimilionário para a Grécia, medida que seria
parte de um programa mais amplo que permitiria escorar a moeda única
europeia após semanas de crise, segundo a imprensa britânica.
O jornal "The Guardian" e a televisão pública "BBC" citam fontes
oficiais de Bruxelas para afirmar que o Governo alemão finalmente
deu o sinal verde ao acordo, e os ministros de Economia e Finanças
dos 16 países que compartilham o euro farão na segunda-feira os
últimos retoques no plano para aprová-lo em sua reunião de terça.
O "The Guardian", que garante que o acordo está fechado, informa
também que os ministros colocarão exigências fiscais mais estritas
aos países que queiram adotar o euro, para evitar situações como a
da Grécia, que afetou o conjunto da "eurozona".
Segundo o jornal, os ministros concordaram com "contribuições
bilaterais coordenadas, na forma de empréstimos e empréstimos
garantidos" para Atenas, se o Governo admitir que é incapaz de
financiar sozinho a gigantesca dívida do país.
De acordo com as fontes do jornal, o montante da ajuda poderia
chegar a um total de 22,6 bilhões de euros, embora os responsáveis
políticos dos países da "eurozona" estimem que a Grécia pode
precisar de até 60,7 bilhões até o final do ano.
As fontes afirmaram também que o plano não vai vulnerar as normas
que regem a zona euro, que proíbem resgatar os países-membros em
problemas, porque será acompanhado de outras medidas da Comissão
Europeia para endurecer as regras do grupo.
O objetivo é utilizar os instrumentos determinados pelo Tratado
de Lisboa, ratificado em 2009, para estabelecer um sistema de
"supervisão orçamentária" mais rigoroso nos 16 países.
A "BBC" é mais cautelosa que o "The Guardian" e informa que "os
países estão perto do acordo", mas confirma os termos.
Segundo a rede britânica, o objetivo do acordo é ser colocado
como "reserva" e última opção, já que os ministros do Conselho de
ministros de Economia e Finanças da União Europeia (Ecofin) esperam
que a Grécia saia da situação com seus próprios esforços.
Pelo plano, Alemanha e França seriam os países que mais
contribuiriam. O Reino Unido e os demais países da União Europeia
fora da zona euro não participariam. EFE