Por Sam Boughedda
Investing.com - Um analista do BofA (NYSE:BAC) reafirmou sua recomendação de compra, bem como o preço-alvo de US$ 170 por ação da Amazon (NASDAQ:AMZN) (BVMF:AMZO34) nesta segunda-feira, defendendo que a companhia deve ser mais resiliente a uma desaceleração econômica, mas não imune.
A nota foi publicada após uma queda de mais de 2% da Amazon na sexta-feira, quando a FedEx (NYSE:FDX) (BVMF:FDXB34) fez o pré-anúncio dos resultados do 1º tri fiscal, destacando o rápido declínio dos volumes de remessas ao redor do mundo. O CEO da FedEx, Raj Subramaniam, disse que espera que a economia mundial “entre em recessão”.
O analista observou ainda que a FedEx também declarou que os negócios com seus dois principais clientes, Target (NYSE:TGT) (BVMF:TGTB34) e Walmart (NYSE:WMT) (BVMF:WALM34), foram mais baixos do que o esperado, o que o BofA considera ser “mais um sinal de cautela” para a Amazon.
No entanto, embora o analista tenha dito que a notícia é negativa para o comércio eletrônico, vê diversas razões pelas quais a Amazon pode ser menos impactada do que seus concorrentes:
"1) A Amazon não realiza mais remessas pela Fedex; 2) A Amazon responde por mais de 50% dos volumes nos EUA, 3) A Amazon provavelmente tem um consumidor médio com renda mais alta do que os Big-3 concorrentes (Walmart, Target, EBAY), e não vimos uma redução perceptível no segundo trimestre em itens discricionários; 4) Com a ampla seleção de terceiros da Amazon e entregas rápidas, nossa expectativa é ver alguns ganhos de participação sobre concorrentes que possam estar usando a Fedex", escreveu o analista.
“A Amazon forneceu projeções de 9 pontos de aceleração, excluindo efeitos cambiais, no crescimento da receita para o 3º tri e, embora os volumes não sejam imunes a uma recessão, nossa expectativa é que haja um fortalecimento maior no 3º tri em relação à indústria, graças ao Prime Day”, acrescentou.