Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) (BVMF:AAPL34) tiveram em dezembro um dos seus piores desempenhos mensais dos últimos anos, encerrando 2022 em tom negativo.
No acumulado do ano, os papéis da gigante da tecnologia acumularam um recuo de cerca de 12,40%. Com isso, o último mês de 2022 foi um dos piores para a Apple desde novembro de 2018, quando recuaram mais de 18%.
Ao falar sobre o baixo desempenho dos papéis da companhia nas últimas semanas, Gene Munster, da Loup Funds, descartou preocupações com a Apple.
“São oscilações normais do mercado”, declarou Munster na quinta-feira em uma entrevista ao programa “Squawk Box” da CNBC.
Munster e outros analistas da Apple associaram a queda recente da ação a temores em relação a problemas de oferta na China, o que pode prejudicar os resultados e as projeções da companhia. A gigante da tecnologia sediada em Cupertino irá divulgar seus resultados na última semana de janeiro de 2023.
O que os analistas disseram sobre a queda da Apple?
Apresentamos a seguir os comentários de analistas de Wall Street sobre o desempenho da companhia nas últimas semanas.
BTIG:
“Com a chegada de 2023, nossa expectativa é que as atenções sejam direcionadas para a Apple, que está flertando com as mínimas de junho em torno de US$ 129, mas o indicador de força relativa já rompeu os patamares mínimos daquele mês. A média móvel de 200 semanas está a US$ 113,73, e a ação tem um gap bastante grande a ser preenchido a US$ 96 desde julho de 2020. Acreditamos que ambos os patamares devem ser tocados em 2023”.
Needham & Company:
“Reduzimos nossas estimativas para o 1T23 e o ano fiscal de 2023, devido às fracas tendências macro globais de demanda do consumidor, problemas na cadeia de suprimentos e pressões geopolíticas cada vez maiores entre EUA e China, que levam à fraca demanda do iPhone no país asiático (cerca de 20% das receitas da AAPL historicamente) durante o EF23”.
Citi:
“Olhando para o futuro, o cenário macro nebuloso torna a perspectiva para os produtos/serviços da Apple mais difícil de avaliar. Embora o trimestre de dezembro enfrente restrições de oferta (bloqueios da Covid com impacto na produção), acreditamos que a demanda por produtos e serviços da Apple provavelmente permanecerá resiliente ao longo do EF23".
As ações da Apple encerraram o último pregão de 2022 perto da estabilidade, cotadas a US$ 129,93.