Investing.com - Com expectativa de um ano desafiador, levando a uma postura possivelmente mais conservadora na concessão de crédito, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) decidiu atualizar as projeções para os grandes bancos brasileiros, considerando os resultados trimestrais e o cenário macro do ano que vem. A XP enxerga como positivas as perspectivas das ações do Itaú (BVMF:ITUB4), que é o Top Pick, além do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3). Os analistas mantiveram recomendação neutra para Bradesco (BVMF:BBDC4) e elevaram as ações do Santander (BVMF:SANB11) de venda para neutra.
“No geral, esperamos que o provável adiamento do afrouxamento monetário e o modesto crescimento da atividade econômica em 2023 coloquem pressão adicional sobre o comprometimento de renda das pessoas físicas, que atingiu níveis recordes”, afirma a XP.
Os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães avaliam que instituições financeiras com carteiras de crédito mais saudáveis e protegidas devem superar os pares no curto prazo.
De acordo com o relatório, Itaú continua sendo a principal escolha no setor mesmo com um valuation “premium em comparação com seus pares”. Na visão dos analistas, o banco ainda é negociado com desconto na comparação com à média histórica e pode ser beneficiado pelas sombras lançadas às estatais.
Em relação à elevação do Santander, os analistas consideram os resultados e macroeconômicos e a posição mais conservadora do banco na concessão de crédito. Como a ação foi pressionada pelos últimos resultados, a XP entende que agora está em precificação justa.
A XP possui recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$61, assim como para Itaú, com preço-alvo de R$34. Para Santander, o preço-alvo também é R$34, mas recomendação neutra. Para Bradesco, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$18.
Às 14h20, as ações preferenciais do Itaú recuavam 1,22%, a R$24,40, enquanto as ordinárias do Banco do Brasil despencavam 3,07%, a R$34,15.
As ações PN do Santander caíam 1,41%, a R$14,74, enquanto as do Bradesco apresentavam baixa de 1,15%, a R$14,60.