Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, denunciou o Hamas e enfatizou o apoio dos Estados Unidos a Israel, lamentando a morte de mais de 1 mil pessoas, incluindo pelo menos 14 norte-americanos, em um ataque surpresa lançado pelo grupo militante palestino no fim de semana.
Biden também expressou preocupação com os cidadãos dos EUA que estão sendo mantidos reféns pelo Hamas, que é apoiado pelo Irã.
"Esse é um ato de pura maldade", disse ele em discurso nesta terça-feira.
Israel bombardeou a Faixa de Gaza na terça-feira com os ataques aéreos mais ferozes em seu conflito de 75 anos com os palestinos, arrasando bairros inteiros apesar da ameaça dos militantes do Hamas de executar um prisioneiro para cada casa atingida.
Biden falou após sua terceira ligação telefônica em quatro dias com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele descreveu em sua fala a assistência militar dos Estados Unidos que está sendo enviada para ajudar Israel em sua luta.
Os EUA não planejam colocar suas forças militares em campo, disse a repórteres o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby. Israel convocou um número sem precedentes de 300 mil reservistas.
Biden e Netanyahu, apesar das diferenças sobre o caminho a seguir no Oriente Médio, foram empurrados para uma parceria após o ataque de militantes do Hamas a Israel.
Biden também ofereceu apoio aos judeus norte-americanos e disse que eles deverão ter permissão para cultuar em paz nos Estados Unidos. Biden disse no mês passado que o antissemitismo no país havia aumentado para níveis recordes.
A embaixada de Israel em Washington disse que o número de mortos nos ataques do Hamas no fim de semana ultrapassou 1 mil, superando todos os ataques islâmicos contra o Ocidente desde os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
(Reportagem de Steve Holland e Nandita Bose)