Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O governo do Distrito Federal preparou um reforço na segurança pública para a diplomação, às 14h nesta segunda-feira, do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo comunicado da Secretaria de Segurança Pública local.
O evento ocorre em meio ao fato de o presidente Jair Bolsonaro, derrotado no segundo turno das eleições, nunca ter reconhecido publicamente a vitória de Lula na disputa. Além disso, apoiadores de Bolsonaro vêm realizando protestos contra o resultado da eleição e a favor de uma intervenção militar, incluindo bloqueios em estradas e manifestações em frente a quartéis das Forças Armadas.
Desde a sexta-feira, quando Bolsonaro falou com simpatizantes pela primeira vez após a derrota o Palácio do Alvorada, residência do presidente, tem recebido muitos visitantes. Existe a expectativa de que bolsonaristas possam realizar algum ato nesta segunda, em função da diplomação de Lula.
Nesta segunda, estão previstos um aumento no policiamento, maior efetivo nas delegacias responsáveis pela região central de Brasília e bloqueio de trânsito nas vias de acesso ao prédio do TSE, que não fica na Praça dos Três Poderes, no centro da capital.
O planejamento prevê, além de policiamento intenso, atuação de equipes de atendimentos de emergência e ações de trânsito nas principais vias de acesso ao TSE.
A secretaria montou um órgão chamado Cidade da Segurança, ao lado do TSE, para agilizar eventuais ocorrências.
“Colocaremos em prática o planejamento prévio e integrado para maior segurança durante a diplomação, evento formal que antecede a posse presidencial, em 1º de janeiro”, informa o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, em nota.
Conforme o comunicado, o Departamento de Trânsito do DF também vai atuar no controle e organização do fluxo de carros nas proximidades do tribunal.
Segundo uma fonte envolvida nas tratativas para a solenidade, na quinta-feira passada houve um reunião entre os envolvidos e ficou decidido abreviar ritos no evento. Não haverá, por exemplo, cumprimentos aos eleitos após o ato e a segurança interna no tribunal também foi reforçada.
O perímetro ao redor do TSE que será alvo de bloqueio pelas forças de segurança será maior do que na posse do atual presidente da corte, Alexandre de Moraes, em agosto passado, conforme a fonte.