Por Gabriel Codas
Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgou nesta terça-feira a atualização de sua carteira recomendada de ações para o mês de setembro, com apenas uma mudança. A equipe do banco optou pela retirada dos ativos da Totvs (SA:TOTS3), para a entrada de Duratex (SA:DTEX3).
No mês passado, o melhor desempenho ficou para as ações da Totvs, com alta de 12%, e a maior queda para Cyrela (SA:CYRE3), com queda de 12,1%. A carteira cedeu 3,6%, diante de -3,4% do Ibovespa.
A equipe do banco explica que as preocupações crescentes com a situação fiscal do país acabaram empurrando o Ibovespa para o vermelho em agosto. Com as taxas reais de logo prazo nos níveis atuais, e mesmo após a recente liquidação, enxerga um lado positivo baixo em uma base fundamental.
Para os analistas, se o governo e o Congresso avançarem com a agenda de reformas do Brasil e indicarem que estão dispostos a trabalhar na consolidação fiscal, as taxas reais de logo prazo podem cair, abrindo caminho para o Ibovespa voltar a subir. No entanto, para eles, será um desafio avançar nas medidas de austeridade no curto prazo, especialmente antes das eleições municipais de novembro.
Neste mês, a equipe adicionou Duratex ao portfólio, pois a empresa se beneficia de um forte mercado de construção (novas residências, pequenas obras e reformas). No momento, está operando próximo à capacidade total em algumas de suas linhas de produção, indicando um forte 2S20. Para abrir espaço para a Duratex, a decisao foi por retirar a fabricante de softwares Totvs, depois que a ação teve forte desempenho nos últimos meses.
O BTG manteve a exposição ao setor de telecomunicações por meio da TIM (SA:TIMP3) e da Oi (SA:OIBR3), pois espera que a assembleia geral de credores desta última aconteça em setembro, dando visibilidade à venda de algumas de suas operações. Também foi mantida a exposição aos exportadores por meio da produtora de minério de ferro Vale (SA:VALE3) (3,5x EV / EBITDA) e da produtora de carne bovina JBS (SA:JBSS3) (19% de rendimento FCF).
Petrobras (SA:PETR4) (desalavancagem / melhor alocação de capital), CCR (SA:CCRO3) (pipeline robusto de novos projetos de concessão), Cyrela (forte recuperação do setor habitacional), LAME (varejista resiliente / player de comércio eletrônico) e B3 (fluxos fortes / boom ECM) completam o portfólio.
Composição: 15% - Petrobras; 10% - Vale, B3, JBS, Lojas Americanas (SA:LAME4), TIM, CCR, Duratex e Cyrela; 5% - Oi.