Por Brendan Pierson e Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - R. Kelly foi ao tribunal nesta segunda-feira, quando teve início a seleção do júri de seu julgamento por tráfico sexual no bairro nova-iorquino do Brooklyn, e uma condenação poderia resultar em décadas de prisão para o vencedor do Grammy.
Procuradores federais acusaram Kelly, de 54 anos, de comandar um séquito de empresários, seguranças e outros que recrutavam mulheres e meninas para ele fazer sexo e abusar, além de produzir pornografia, inclusive infantil.
Kelly se declarou inocente das nove acusações do indiciamento, que inclui as de crime organizado, suborno, extorsão e exigência de "compromisso absoluto" das vítimas, que eram isoladas de amigos e familiares e tinham que chamá-lo de "papai".
Procuradores e advogados de defesa interrogaram dezenas de jurados em potencial, a portas fechadas em uma sala do tribunal.
Um deles foi dispensado depois de dizer que foi criado como cristão e que teria "alguma dificuldade" com depoimentos sobre atividades sexuais entre pessoas do mesmo gênero.
Embora a maioria das pessoas que acusam Kelly sejam mulheres, a juíza Ann Donnelly disse que uma suposta vítima masculina pode testemunhar que sofreu abuso sexual do cantor.
O julgamento começa no dia 18 de agosto e pode durar várias semanas.
Kelly, cujo nome completo é Robert Sylvester Kelly, está preso há mais de dois anos. Na semana passada, um de seus advogados disse que seus "fundos estão esgotados" e que o músico precisa de roupas novas para o julgamento por ter ganhado peso na prisão.