Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Ao menos oito pessoas morreram no Estado do Rio de Janeiro por conta das fortes chuvas que atingiram principalmente a região de Paraty, e ainda há mais de dez desaparecidos e dezenas de desabrigados, informaram neste sábado autoridades locais e o Corpo de Bombeiros.
Seis mortes de pessoas de uma mesma família, mãe e cinco filhos menores de idade, aconteceram na cidade de Paraty, no sul do Estado.
"Estávamos esperando a chuva, fizemos os alertas, e infelizmente essa casa desabou no bairro Ponta Negra. Apenas um dos filhos se salvou", disse o prefeito da cidade turística de Paraty, Luciano Vidal, à Reuters.
As mortes do final de semana se somam a centenas de vítimas pelas chuvas em Petrópolis, no início do ano.
"Choveu em um dia o que era esperado para meses. Temos mais de 70 famílias desalojadas em 22 bairros, e estamos providenciando abrigos e alugando pousadas para essas pessoas", adicionou ele.
A cidade entrou em estado de emergência e há previsão de mais chuva nas próximas horas.
"Estamos indo para situação de calamidade porque estamos ilhados, e tem mais barreiras caindo e muitos bairros sem luz. Choveu aqui em um dia 322 milímetros, o que se esperava para uns seis meses", disse.
Houve desabamentos e deslizamentos de terras em estradas de acesso à cidade.
A cidade próxima de Angra dos Reis também foi castigada pela chuva forte, e ao menos um criança morreu em um outro deslizamento de terra. Bombeiros e Defesa Civil buscam mais de dez desaparecidos.
A chuva que causou deslocamentos de terra em Angra dos Reis fez a água do mar ficar com uma cor barrenta durante o temporal.
Em Mesquita, na Baixada Fluminense, um homem morreu eletrocutado ao tentar resgatar uma pessoa durante a chuva forte.
Na Baixada Fluminense, casas, ruas e avenidas ficaram alagadas com o transbordamento de rios que cortam a região.
Nas cidades de Mesquita, Nova Iguaçu e Belford Roxo há pessoas ilhadas em suas próprias residências.
Na cidade do Rio, também houve alagamentos e inundações, e sirenes de alerta soaram em comunidades e favelas onde há pessoas vivendo em locais de risco.
Este ano, em dois temporais em fevereiro e março, 241 pessoas morreram na cidade de Petrópolis, na região serrana do Estado.
(Por Rodrigo Viga Gaier)