(Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro passou na manhã desta terça-feira por duas cirurgias bem-sucedidas em São Paulo, disse o ex-chefe da Secretaria de Comunicação de seu governo, Fabio Wajngarten, na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter.
"Agradecemos as preces, as cirurgias do presidente @jairbolsonaro já terminaram e transcorreram dentro da maior tranquilidade. O paciente está nesse momento na sala de recuperação e em breve emitiremos um boletim médico com mais informações do quadro evolutivo", escreveu.
Na segunda-feira, Bolsonaro disse à Reuters que passaria por duas cirurgias no hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital paulista, uma para corrigir uma hérnia de hiato e outra para correção de desvio de septo.
Uma terceira cirurgia -- de correção das alças do intestino --, a que Bolsonaro disse que teria de submeter quando se internou no mês passado para passar por exames preparatórios para os procedimentos, deverá ser feita em outubro ou novembro, disse o ex-presidente à Reuters.
Em uma outra publicação na mesma rede social, Wajngarten disse que Bolsonaro entrou no centro cirúrgico por volta das 5h. Ele disse que a hérnia de hiato tem causado "refluxo, soluços e tosses secas contínuas" no ex-presidente e que a correção no desvio de septo servirá "para melhorar a condição respiratória".
Na segunda, Bolsonaro disse à Reuters que, se tudo correr conforme esperado, ele deve receber alta hospitalar na quinta-feira.
Desde 2018 Bolsonaro realizou ao menos 6 cirurgias, algumas delas diretamente ligadas à facada no abdômen que levou enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG) em setembro de 2018.
Bolsonaro é atualmente alvo de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles o que investiga presentes dados a ele pelo governo da Arábia Saudita quando era presidente.
No fim de semana, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou o acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid com a Polícia Federal e concedeu liberdade ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A colaboração de Cid deve colocar mais pressão sobre Bolsonaro, que já está inelegível até 2030 e vê a ampliação de um cerco contra ele mediante uma série de investigações criminais.
(Reportagem de Eduardo Simões)