BRASÍLIA (Reuters) - O coração do monarca português Dom Pedro I, que declarou a independência do Brasil de Portugal há 200 anos e foi nomeado imperador do Brasil, chegou de Portugal nesta segunda-feira e será exposto em Brasília como parte das comemorações do aniversário da independência.
O coração estava guardado em uma urna com formol na cidade portuguesa do Porto desde a morte de Dom Pedro, em 1834, em Portugal, aos 35 anos de idade.
O governo português concordou em emprestar o coração ao Brasil por três semanas para a celebração do bicentenário. A Força Aérea Brasileira (FAB) transportou a relíquia para Brasília, onde foi recebida nesta segunda-feira pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
O presidente Jair Bolsonaro receberá o coração na terça-feira no Palácio do Planalto com honras militares e salva de tiros, antes de colocá-lo em exibição pública no Palácio do Itamaraty até o Dia da Independência, em 7 de setembro.
A declaração de independência do Brasil por Dom Pedro foi um ato de desafio contra seu pai, o rei português João VI.
A família do rei português foi escoltada para o Brasil pela Marinha britânica em 1807 antes das forças de Napoleão invadirem Portugal. Ao retornar a Lisboa em 1821, o rei deixou seu filho Pedro como príncipe regente do Brasil.
O coração de Pedro foi separado em 1834 e guardado em uma igreja no Porto, conforme seu último desejo. Seus restos mortais foram doados ao Brasil em 1972 para a comemoração dos 150 anos da independência brasileira e estão guardados no Parque da Independência, em São Paulo.
(Reportagem de Anthony Boadle)