Por Dave Sherwood
HAVANA (Reuters) - O governo de Cuba criticou nesta quarta-feira as autoridades de Miami e dirigentes do beisebol por permitirem o que chamou de ataques "vis e organizados" contra seus jogadores na semifinal do torneio World Baseball Classic.
O jogo de domingo colocou a equipe norte-americana contra a de Cuba no estádio LoanDepot, em Miami, cidade que abriga a maior população de cubano-americanos nos Estados Unidos, assim como muitos dos maiores oponentes ao governo comunista de Cuba.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba elogiou, em um comunicado nesta quarta-feira, o desempenho e o profissionalismo do time dos EUA, que venceu os cubanos por 14 a 2, mas disse que as hostilidades contra seus jogadores colocaram Cuba em uma desvantagem injusta.
"Com o objetivo claro de desestabilizar nossos jogadores, atos repetidos de vários tipos foram perpetrados contra eles, contra a delegação que os acompanhava e contra torcedores no estádio", disse o comunicado.
Durante o jogo, os torcedores atrás da base repetidamente levantaram faixas, incluindo uma que dizia "Abaixo a Ditadura", em referência ao governo do presidente cubano Miguel Díaz-Canel. Manifestantes invadiram o campo por três vezes, interrompendo o jogo antes de serem abordados pela segurança do estádio.
Cuba disse que os atletas e suas famílias também foram alvos de objetos jogados contra eles e de palavrões.
"As regras de ordem e conduta estabelecidas pelo estádio não foram cumpridas", diz o comunicado.
A nota também alegou "a aparente cumplicidade de certos representantes e funcionários daquela instalação esportiva e autoridades locais, particularmente os encarregados da ordem e segurança".
(Reportagem de Dave Sherwood)