Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O novo técnico da seleção brasileira, Fernando Diniz, disse nesta quarta-feira que terá autonomia para trabalhar e não irá sofrer qualquer interferência do italiano Carlo Ancelotti, que irá substituí-lo no cargo no segundo semestre do próximo ano.
"Vou ter autonomia e liberdade para fazer e não vai ter interferências", disse Diniz em entrevista coletiva ao ser apresentado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após ter sido anunciado na véspera como técnico do Brasil pelos próximos 12 meses.
O presidente da CBF, Edinaldo Rodrigues, reiterou após a apresentação de Diniz que Ancelotti, que atualmente tem contrato com o Real Madrid até o meio do ano que vem, estará no comando da seleção brasileira no segundo semestre de 2024.
“Ele (Ancelotti) vai estar, pode ter certeza“, disse Rodrigues a jornalistas, acrescentando, no entanto, que só o treinador italiano pode dizer "quando vai chegar“.
Na véspera, ao confirmar a contratação de Diniz -- que vai se dividir entre seu clube atual, o Fluminense, e a seleção brasileira -- o presidente da CBF disse que Ancelotti assumirá a equipe a partir da Copa América de 2024, que será disputada entre 20 de junho e 14 de julho nos Estados Unidos.
Diniz assume a seleção brasileira após a equipe sofrer derrotas este ano em amistoso para Marrocos e Senegal, e no segundo semestre terá os primeiros compromissos pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Diniz fez elogios ao atacante Neymar e não descartou uma reedição da dupla do jogador do Paris Saint-Germain com seu ex-parceiro no Santos Paulo Henrique Ganso, que atualmente é treinado pelo técnico no Fluminense.
“Ele é uma aberração, super talento que demora a nascer outro. Sorte de aparecer e vamos aproveitar ao máximo o talento fora de série em jogar futebol”, afirmou. “Vou convocar os melhores. Se Ganso e Neymar forem os melhores, vou convocar. Nada é impossível”.
(Edição de Pedro Fonseca)