Por Pablo Garcia
SÃO PAULO (Reuters) - A equipe de bobsled do Brasil não tem neve, mas tem destreza técnica, sonhos e fé na conquista de uma medalha na quinta participação na Olimpíada de Inverno.
Seu capitão, Edson Bindilatti, competiu no evento de bobsled nos Jogos de Inverno de 2002, 2006, 2014 e 2018, e acha que o Brasil está cada vez mais perto da glória.
"Temos atletas de alto nível aqui no Brasil, atletas com a mesma capacidade de qualquer outro do mundo", disse Bindilatti à Reuters. "Somos muito fortes".
A equipe, que inclui dois ex-praticantes de salto triplo, trabalha duro para melhorar seu calcanhar de Aquiles, a arrancada, com a ajuda de um aparato de segunda mão na beira de uma pista de corrida nos arredores de São Paulo.
Bindilatti vê paralelos com "Jamaica Abaixo de Zero", filme de 1993 sobre a equipe de bobsled da Jamaica, e seus colegas concordam.
Um deles, Luis Henrique Gonçalves, está ansioso para ir a Pequim em 2022 e ainda mais ansioso para ver neve pela primeira vez.
"Chegar lá (na Olimpíada) e ver a neve e o gelo, nunca fiz isso na minha vida, e como membro da equipe brasileira de bobsled", disse Gonçalves. "Seria uma satisfação enorme para mim".