👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Escolas e universidades reforçam segurança ante onda de medo de novos atentados

Publicado 14.04.2023, 16:07
© Reuters. Parquinho em escola que sofreu ataque em Blumenau
5/04/2023
REUTERS/Vinicius Bretzke

Por Fernando Cardoso

(Reuters) - Após dois ataques com mortes a escolas em São Paulo e Blumenau(SC), entidades educacionais em todo o país estão promovendo medidas adicionais de proteção e segurança dentro e fora das salas de aula para lidar com o temor de novos ataques, estimulado pelo que o governo Lula chama de difusão de pânico nas redes sociais.

Além do esforço da gestão federal, que anunciou repasses aos municípios e a criação de uma sistema para receber denúncias, Estados, municípios, universidades e outras entidades privadas também estão tomando suas próprias medidas para melhorar a segurança dentro dos centros de estudo.

Em São Paulo, a Secretaria de Educação do Estado afirmou que têm intensificado operações de monitoramento e investigação de ameaças relatadas por escolas e está orientando a utilização de câmeras nas unidades educacionais.

No Rio de Janeiro, autoridades governamentais reforçaram o policiamento em escolas e criaram um comitê permanente de segurança para o acompanhamento da situação, relatou a Secretária de Educação fluminense.

Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) anunciou o plano de colocar pelo menos um policial armado escolas da rede pública estadual.

Escolas e universidades particulares também têm agido para reforçar a segurança para alunos e professores.

Na capital paulista, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, uma das universidades mais tradicionais da cidade, anunciou a contratação de mais profissionais de segurança para suas instalações e dificultou a forma de acesso na entrada.

O Centro Universitário FMU, também em São Paulo, além de aumentar o número de funcionários de segurança própria, relatou que esteve em contato com autoridades policiais para ter mais rondas motorizadas no entorno de suas unidades.

Instituições ligadas à área da educação alertam, no entanto, que soluções a longo prazo para a crise de violência devem passar também por medidas do tipo psicossocial, que acompanhem o desenvolvimento dos alunos do ponto de vista psicológico.

A Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) afirmou em nota que as "escolas precisam ter um olhar atento aos sinais que os alunos nos enviam" e "devem reforçar suas áreas de apoio psicopedagógico, acolher e orientar professores e coordenadores, combater o bullying e todo tipo de ação intolerante ou discriminatória".

Já a União Nacional dos Estudantes (UNE) defendeu que "deve ser feito um trabalho intenso pela saúde mental nas escolas e universidades, abrangendo toda a comunidade, além do monitoramento e cooperação das plataformas contra as postagens extremistas e exaltação à violência".

DIFUSÃO DE PÂNICO

Os dias depois do atentado em uma creche de Blumenau, em que um homem invadiu o local com uma machadinha e matou quatro crianças, têm sido preenchidos pelo medo diante novas ameaças e reportes falsos de novos ataques.

Conteúdos sobre falsos novos atentados receberam milhares de visualizações nas redes sociais nesta semana. Alguns ds posts usam imagens antigas para afirmar que houve atentados recentes em cidades brasileiras, como mostrou a Reuters Fact Check, divisão de verificação de fatos da Reuters. O objetivo é espalhar pânico e atrapalhar investigações, dizem pesquisadoras.

© Reuters. Parquinho em escola que sofreu ataque em Blumenau
5/04/2023
REUTERS/Vinicius Bretzke

Para lidar com os ataques e com a onda de medo, o governo federal criou um grupo de trabalho interministerial sobre violência nas escolas. Também anunciou o repasse de 150 milhões de reais pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para o uso nas escolas e 100 milhões de reais para as guardas municipais.

Além disso, foi editada uma portaria que estabelece diretrizes para que as plataformas de redes sociais reforcem o monitoramento de mensagens de ameaça e eventualmente retirem as mesmas do ar.

Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, trata-se de uma situação emergencial, com uma "epidemia" de ataques e de ameaças, além de difusão de pânico.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.