Por Nicholas Pfosi e Jonathan Allen
MINEÁPOLIS (Reuters) - Um juiz do Estado norte-americano de Minnesota condenou o ex-policial Derek Chauvin a 22 anos e meio de prisão, nesta sexta-feira, pelo assassinato de George Floyd durante uma prisão em maio de 2020 em uma calçada de Mineápolis, cujo vídeo desencadeou protestos pelo mundo.
Um júri considerou Chauvin, de 45 anos, culpado em 20 de abril das acusações de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo, após um julgamento que foi amplamente visto como um divisor de águas na história do policiamento dos Estados Unidos.
A sentença foi uma das mais longas já recebidas por um ex-policial por uso de força letal ilegal nos EUA, disse o procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison, cujo gabinete esteve à frente do caso.
"A sentença de hoje não é justiça, mas é outro momento de real responsabilidade no caminho para a justiça", afirmou Ellison.
Antes que a sentença fosse proferida, os irmãos de Floyd contaram ao tribunal sobre sua angústia, a mãe de Chauvin insistiu na inocência do filho e o próprio Chauvin brevemente ofereceu condolências à família Floyd.
O juiz distrital do condado de Hennepin, Peter Cahill, disse que era importante reconhecer a dor da família Floyd e a notoriedade global do caso, mas que não seria influenciado.
"Não estou baseando minha sentença na opinião pública", disse Cahill, explicando que seu raciocínio seria exposto em um memorando de 22 páginas. "Não estou baseando-a na tentativa de enviar mensagens. O trabalho de um juiz é aplicar a lei a fatos específicos e lidar com casos individuais."
Os promotores haviam pedido uma pena de prisão de 30 anos, enquanto a defesa solicitou liberdade condicional.
Vídeo de Chauvin, que é branco, ajoelhado no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos algemado, por mais de nove minutos causou indignação em todo o mundo e o maior movimento de protesto visto nos Estados Unidos em décadas.