Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, mandou novo ofício ao diretor-executivo do Telegram, Pavel Durov, para que o representante do aplicativo colabore com o programa criado pela corte eleitoral que tem por objetivo reduzir os efeitos nocivos das notícias falsas à imagem da Justiça Eleitoral e a credibilidade das eleições brasileiras.
O pedido foi encaminhado a um escritório de advocacia que representa o aplicativo no país, localizado no Rio de Janeiro, por e-mail e também pelos Correios.
Até o momento, 72 entidades --como o Facebook (NASDAQ:FB), Twitter e Instagram-- já aderiram à iniciativa.
Em meados de dezembro, o ex-presidente do TSE Luís Roberto Barroso havia encaminhado o primeiro ofício a Pavel Durov em que pedia uma reunião para debater possíveis formas de colaboração. Entretanto, a carta, endereçada à sede do Telegram nos Emirados Árabes, retornou ao Brasil porque o destinatário não foi encontrado.
O Telegram --uma das plataformas mais usadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro-- não tem acordo nesse sentido com a Justiça Eleitoral brasileira. No TSE, tem havido discussões sobre a adoção de medidas mais enérgicas contra essa rede durante as eleições.
(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Pedro Fonseca)