BRASÍLIA (Reuters) - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, negou nesta quinta-feira que a ausência da indicação de um nome para o Ministério da Fazenda esteja atrapalhando as negociações sobre a PEC da Transição, mas admitiu que a falta de consenso deve-se à uma falha na articulação política.
Mais cedo, o senador Jaques Wagner (PT-BA), escalado para ajudar na negociação da PEC, disse que a indicação de um ministro da Fazenda para o futuro governo facilitaria as conversas em curso no Congresso.
Logo após a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, Gleisi disse a jornalistas que a equipe de transição aposta na solução política para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitirá excetuar do teto de gastos os recursos destinados ao pagamento de ao menos 600 reais de Bolsa Família somados a 150 reais por filhos até 6 anos para as unidades familiares mais vulneráveis.
Segundo a presidente do PT, a ausência do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pode ter feito falta, mas argumentou que ele "infelizmente" não pode estar em Brasília. Um dos primeiros compromissos públicos de Lula foi a viagem à conferência climática da ONU no Egito. Nesta semana, ele teve de ficar em repouso, por recomendação médica, após um procedimento nas cordas vocais.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)