Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Forças norte-americanas e britânicas realizaram uma nova rodada de ataques na segunda-feira no Iêmen, tendo como alvo um local de armazenamento subterrâneo houthi, bem como mísseis e recursos de vigilância usados pelo grupo alinhado ao Irã contra a navegação no Mar Vermelho, informou o Pentágono.
Os houthis, que controlam a parte mais populosa do Iêmen, dizem que seus ataques são em solidariedade aos palestinos devido à ofensiva de Israel em Gaza.
Os ataques dos houthis abalaram o transporte marítimo global e alimentaram temores de inflação. Eles também aumentaram a preocupação de que as consequências da guerra entre Israel e Hamas possam desestabilizar o Oriente Médio.
Na mais recente resposta, as forças dos EUA e do Reino Unido realizaram ataques em oito locais diferentes no Iêmen, com o apoio de Austrália, Barein, Canadá e Holanda, de acordo com uma declaração conjunta assinada pelos seis países.
Um oficial militar sênior dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que cerca de 25 a 30 munições foram disparadas, algumas delas de aviões de guerra lançados de um porta-aviões dos EUA.
Até o momento, oito rodadas de ataques no último mês não conseguiram barrar os ataques houthis contra a navegação.
O porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, afirmou nesta terça-feira que a aliança entre EUA e Reino Unido havia realizado 18 ataques aéreos: 12 na capital Sanaa, três na cidade portuária de Hodeidah, dois em Taiz e um na província de Al-Bayda.
"Esses ataques não ficarão sem resposta ou sem punição", disse ele.
Autoridades dos EUA afirmam que os ataques reduziram a capacidade dos houthis de realizar ataques complexos. Mas eles se recusaram a fornecer qualquer número específico de mísseis, radares, drones ou outras capacidades militares destruídas até o momento.
"Estamos tendo o efeito pretendido", declarou o oficial militar dos EUA aos repórteres do Pentágono.
Falando após os últimos ataques, o ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, disse que a ação havia enviado uma mensagem clara aos houthis.
"Continuaremos a diminuir sua capacidade de realizar esses ataques e, ao mesmo tempo, enviaremos a mensagem mais clara possível de que apoiamos nossas palavras e avisos com ações", afirmou ele.