Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - Ginastas norte-americanas que foram vítimas do médico da equipe de ginástica do país Larry Nassar fecharam um acordo de 380 milhões de dólares com a federação de ginástica dos EUA (USAG) e o Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC) e suas seguradoras, após uma batalha judicial de cinco anos, disse a advogada de algumas das vítimas nesta segunda-feira.
Como parte do acordo, a USAG e o comitê olímpico também concordaram em destinar alguns de seus assentos na diretoria para as vítimas e implementar outras novas políticas destinadas a proteger atletas de abusos futuros.
Para implementar essas reformas, o USOPC se comprometeu a alocar 5 milhões de dólares, disse o advogado.
“Este acordo é sobre as bravas sobreviventes que se apresentaram, forçaram essas organizações a ouvir e exigiram mudanças”, disse Michelle Simpson Tuegel, que representa mais de duas dezenas de vítimas de Nassar, em um comunicado conjunto com Tasha Schwikert Moser, copresidente do comitê de vítimas.
“Por meio desse acordo, esses sobreviventes estão finalmente sendo reconhecidas e a USAG e a USOPC estão sendo obrigados a mudar para que o esporte possa iniciar um novo capítulo”, disseram.
Segundo o Wall Street Journal, o acordo cobrirá reivindicações apresentadas por medalhistas olímpicas de ouro como Simone Biles, Aly Raisman e McKayla Maroney. Todas elas estão entre as vítimas de abuso sexual de Nassar.
As três ginastas depuseram a respeito dos abusos que sofreram durante uma audiência no Senado neste ano. Na ocasião, elas criticaram autoridades olímpicas e da ginástica dos EUA por não deterem Nassar e repreenderam o FBI devido à sua investigação fracassada a respeito das ações de Nassar.
(Por Doina Chiacu e Sarah N. Lynch)