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Gol tem forte queda após registrar prejuízo bilionário no 1º tri; Azul recua

Publicado 04.05.2020, 10:40
Atualizado 04.05.2020, 11:18
© Reuters.
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Por Gabriel Codas

Investing.com - Em um novo dia negativo para os mercados de ações e para o setor aéreo, as ações da Gol (SA:GOLL4) operam com forte queda na manhã desta segunda-feira. Mais cedo, a companhia informou que teve prejuízo líquido de R$ 2,3 bilhões nos três primeiros meses do ano, praticamente por causa da depreciação do real ante o dólar, que impacta suas despesas e custos financeiros. Um ano atrás, o prejuízo da Gol de janeiro ao fim de março havia sido de R$ 32 milhões.

Contribui para perdas da Gol a venda de todas as posições em companhias aéreas da carteira do bilionário e lendário investidor Warren Buffett, segundo ele informou no sábado em reunião com acionistas da Berkshire Hathaway em uma live aberta na Internet.

Com isso, por volta das 11h11, os papéis tinham perdas de 10,40% a R$ 11,11, liderando as perdas do Ibovespa ao lado da Azul (SA:AZUL4), que despenca 11,38% a R$ 15,42. O Ibovespa registrava perdas de 2,74% a 78.292 pontos. 

Balanço e caixa da Gol

A empresa também informou que espera que a receita do segundo trimestre seja de R$ 900 milhões, ante R$ 3,1 bilhões um ano antes. A margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente no período deve cair de 25,9% para cerca de 6%.

A expectativa para a relação dívida líquida sobre Ebitda no fim de junho é de 2,9 vezes ante 2,4 vezes no final de março. No primeiro trimestre de 2019, a alavancagem era de 3,2 vezes.

A aérea destacou que tem caixa e reservas suficientes para suas operações até o final do ano, mesmo sem ter acertado até o momento um apoio financeiro de R$ 3 bilhões junto ao BNDES.

Os efeitos da pandemia de coronavírus, que obrigou setor aéreo mundial a praticamente deixar grande parte de seus aviões em terra, teve pouco efeito no balanço da companhia do período, afirmou a Gol, que divulgou números não auditados nesta segunda-feira.

A empresa informou que adiou o balanço com aval de auditores para 15 de maio porque eles pediram mais duas semanas para terminar o trabalho.

No mês passado, a auditores da aérea colombiana Avianca Holdings manifestaram “substanciais dúvidas” sobre a capacidade da companhia seguir em operação daqui um ano.

No balanço não auditado desta segunda-feira, a Gol afirmou que espera reduzir a queima de caixa diária para 7 milhões de reais no segundo semestre. Se a empresa conseguir cumprir isso, terá 2,6 bilhões de reais em caixa até o final do ano.

No primeiro trimestre, o consumo diário de caixa da Gol foi de cerca de 22 milhões de reais. A empresa afirmou que espera que o número se reduza para 9 milhões até o final de junho, menos que os 12 milhões esperados anteriormente para o segundo trimestre.

A Gol afirmou que pretende manter oferta reduzida até o final do ano, com uma frota média no segundo trimestre de 27 aviões, para a qual espera uma taxa de ocupação aproximada de 80%.

Buffett zera posições em cias aéreas

Na reunião anual de sua empresa Berkshire Hathaway, Buffett disse que havia vendido todas as suas ações de companhias aéreas americanas no último trimestre, com medo de que as perspectivas de longo prazo para o setor tenham mudado para pior. O bilionário disse ter dúvidas se as pessoas vão retomar as viagens de avião mesmo após dois ou três anos depois da pandemia.

“O mundo mudou para as aéreas. Alguns negócios, e esse infelizmente é o caso da indústria da aviação, serão realmente afetados”, disse Buffett durante encontro com acionistas da Berkshire, transmitido pela Internet enquanto o investidor falava de sua cidade, Omaha (EUA).

No último trimestre de 2019, a Berkshire tinha US$ 4 bilhões posicionados em ações de companhias aéreas, o que contribuiu para o prejuízo da empresa de investimentos de US$ 49,7 bilhões no primeiro trimestre de 2020. 

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