Investing.com - Após a Gol (BVMF:GOLL4) divulgar suas expectativas para o último trimestre do ano passado e projeções financeiras preliminares para 2023, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, que os números indicam uma recuperação gradual da rentabilidade.
Em comunicado divulgado ontem, a Gol estimou para o quarto trimestre de 2022 um Prejuízo por Ação (LPA) e Prejuízo por Ação Depositária Americana (LPADS) de R$2,31 e US$1,21, respectivamente.
Em fato relevante divulgado ontem, a Gol anunciou que prevê atender a demanda de viagens aéreas domésticas esperada de aproximadamente 100 bilhões RPKs no ano, com uma média de 120 aeronaves em sua malha. Além disso, estima terminar 2023 com 53 aeronaves Boeing (NYSE:BA) MAX em sua frota. A Gol ainda espera que a receita aumente cerca de 32% em relação a 2022. “A GOL estima que seus resultados de 2023 incluirão economias de R$450 milhões oriundo da reincorporação da SMILES e R$400 milhões das aeronaves MAX adicionais na frota”, detalha o documento. Ainda, a companhia aérea espera que a liquidez total e o caixa disponível fiquem estáveis em relação ao final de 2022.
A Gol estima expansão de capacidade entre 20 e 25% em 2023, em linha com as projeções do Goldman Sachs, além de um EBITDA de R$ 4,8 bilhões, acima da projeção do banco de R$4,5 bilhões. De acordo com os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins, perspectivas financeiras apresentadas demonstram que a empresa ainda conseguiu repassar o impacto dos custos mais altos de combustível de aviação para preços com uma robusta alta nas receitas unitárias anuais, ainda que em um ritmo menor frente ao terceiro trimestre do ano passado, mas recuperando a rentabilidade de forma gradual.
O Goldman Sachs possui recomendação de compra para as ações da Gol, com preço-alvo de R$14,90. Entre os riscos para os papéis, estão preços do petróleo acima do esperado, oscilação no câmbio, diminuição da demanda por viagens aéreas e aumento da concorrência. O Goldman Sachs mantém preferência pela Copa dentro da cobertura de companhias aéreas da América Latina, pois a empresa listada nos Estados Unidos apresenta “melhor dinâmica competitiva e balanço mais leve”.
Às 15h05, as ações preferenciais da Gol apresentavam alta de 3,62%, a R$6,87.