Lula diz que pretende implementar orçamento participativo em nível federal

Publicado 13.10.2022, 12:04
© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento à imprensa em Salvador
12/10/2022 REUTERS/Felipe Iruata

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira que, caso seja eleito para um terceiro mandato na Presidência, pretende colocar em prática em nível federal o orçamento participativo, medida adotada pelo PT inicialmente na prefeitura de Porto Alegre, na década de 1990.

"Eu estou pretendendo colocar em prática uma coisa que foi a mais importante revolução que o PT fez nesse país que foi o orçamento participativo. Agora fica mais fácil porque o mundo digital permite que a gente faça isso", disse Lula durante entrevista coletiva em Aracaju, capital de Sergipe, onde fará uma caminhada de campanha.

Segundo o ex-presidente, a ideia é, antes de enviar a proposta de Orçamento ao Congresso, colocá-lo na internet para que as pessoas possam enviar sugestões ao governo, que serão incluídas na medida do possível.

"Vamos tentar fazer como forma de permitir que a sociedade participe efetivamente do governo e decida quais são as obras prioritárias", disse.

O orçamento participativo seria uma resposta ao hoje chamado orçamento secreto, em que deputados decidem a alocação de uma fatia considerável dos recursos federais --a previsão para 2023 é de 19 bilhões de reais-- distribuídos sem transparência e que tem dado margem a denúncias de corrupção.

Dívidas

© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento à imprensa em Salvador
12/10/2022 REUTERS/Felipe Iruata

Lula também voltou a defender sua proposta de renegociação de dívidas de famílias mais pobres. Hoje, cerca de 80 milhões de pessoas no país estão endividadas. De acordo com o ex-presidente, essa renegociação irá incluir também dívidas com o varejo.

Inicialmente, o plano de governo falava em dívidas com prefeituras e órgãos públicos, como impostos, água, luz e outras taxas. Em seguida, Lula falou também de bancos, cartões de crédito e varejo.

"Temos que negociar uma parte da dívida que as pessoas têm com o varejo, chamar os empresários para uma negociação, para tirar as pessoas do Serasa", defendeu Lula. "Outra coisa é discutir com sistema financeiro. Vamos negociar com a Febraban para fazer um acordo", disse, referindo-se à Federação Brasileira de Bancos.

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