BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente em todos os Estados do país no primeiro semestre do ano que vem para fazer entregas do governo, acrescentando que 2024 será um ano de "menos lançamentos e mais entregas".
Em entrevista coletiva após reunião ministerial comandada por Lula, Rui Costa disse que as viagens de Lula pelo país se concentrarão nos primeiros seis meses do ano devido às restrições impostas pelas eleições municipais de outubro do ano que vem.
"O objetivo é que o presidente tenha presença nos 27 Estados já no primeiro semestre do ano que vem. Até porque temos eleição municipal no ano que vem. Agosto, setembro, outubro, é um ano de eleição que fica mais difícil de fazer agenda municipal de entrega, agenda institucional", disse o ministro.
O chefe da Casa Civil disse que este ano foi de recriação de programas e que 2024 será de entregar os efeitos desses programas.
Ele também disse que o cenário econômico externo tem dado demonstração de confiança na economia brasileira e afirmou esperar que no próximo ano que a taxa Selic tenha uma queda mais acelerada e que se acelerem os investimentos privados no país.
"O cenário externo também vai dando demonstração clara de confiança no Brasil, com melhorias das notas, dos ratings de avaliação do país. Isso é importante porque estimula mais investimento externo", disse, em referência à melhora de classificação de risco para a economia brasileira anunciada na véspera pela agência Standard & Poor's.
"O desafio para 2024 é seguir nesse ritmo, e junto com a queda da taxa de juros, que nós esperamos que ocorra de forma mais acentuada junto com a queda da inflação, a gente possa retomar o investimento privado, viabilizar os projetos de PPPs e concessões públicas em condições mais favoráveis e, portanto, acelerando a geração de emprego e renda."
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizou quatro cortes de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros em suas últimas reuniões, deixando-a no patamar de 11,75% ao ano ao fim de 2023.
(Por Lisandra Paraguassu)