(Reuters) - O tenente-coronel Mauro Cid, braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro durante os quatro anos de mandato, esteve na quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) para confirmar que vai colaborar com a Polícia Federal em investigações que tramitam na corte, disse a emissora GloboNews nesta quinta-feira.
Segundo o canal de notícias, Cid e seu advogado tiveram uma reunião com um juiz do gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes, para confirmar a disposição do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro de colaborar com as investigações. Agora caberá a Moraes analisar se vai homologar ou não a colaboração.
Procurados, o STF, o advogado de Cid e a Polícia Federal não responderam de imediato a pedidos de comentários.
Cid está preso desde maio após operação da PF que investiga fraudes e adulterações em cartões de vacinas do ex-presidente e de pessoas próximas a ele. O ex-ajudante de ordens teve seu celular apreendido, o que tem ajudado a PF em outras frentes de apuração, como no caso das joias dadas por governos estrangeiros a Bolsonaro.
No mês passado, o advogado de Cid, Cezar Bittencour, disse que Bolsonaro pediu a seu então ajudante de ordens para "resolver esse problema do Rolex" e que seu cliente teria entregue o dinheiro da venda do relógio a Bolsonaro ou à mulher dele, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
((Redação Rio de Janeiro))