Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira em evento de um igreja evangélica que o ativismo judicial será impedido no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro André Mendonça, pastor evangélico que foi indicado por ele para a corte.
Durante discurso na Convenção dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus no Maranhão, Bolsonaro disse ao público que "temos um pastor" no Supremo, ressalvando que ele pode até errar, mas que tem "certeza que as pautas conservadoras estarão com ele".
"O ativismo judicial não será aprovado porque ele (Mendonça) tem o poder de pedir vista lá dentro", afirmou.
O presidente também aproveitou o discurso para elogiar outro indicado por ele ao Supremo, o ministro Nunes Marques, e citou que quem for eleito presidente da República em outubro terá direito a fazer novas indicações para o Supremo.
Bolsonaro tem tido uma série de embates com ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e elevou o tom das críticas e ataques neste ano eleitoral, em que tem aparecido atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto.