Por Flavia Marreiro
(Reuters) - O ex-juiz estrela da operação Lava Jato Sergio Moro (União Brasil) conquistou neste domingo uma vaga no Senado pelo Paraná encerrando com desfecho positivo uma acidentada campanha em que deixou a corrida presidencial e tentou até se candidatar por São Paulo.
Com 99,72% das urnas apuradas, Moro obteve 33,53% dos votos, derrotando Paulo Martins (PL), com 29,13%, e ainda Alvaro Dias (Podemos), com 23,93%. Dias foi padrinho político de Moro, um dos mais entusiastas apoiadores da operação Lava Jato.
Se perdeu prestígio e hegemonia jurídica, com a anulação de ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF), a Lava Jato seguiu sendo suficiente para pavimentar o caminho político não só de Moro como também do ex-procurador Deltan Dallagnol.
Dallagnol, que liderou a principal força-tarefa do Ministério Público Federal da Lava Jato, foi o deputado mais votado do Paraná, e somava com 344.778 votos. Em segundo lugar ficou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que tinha 260.619 votos.