Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira que não há como contestar democraticamente o resultado das eleições com movimentos ilícitos e criminosos, ao destacar que os envolvidos nessas ações serão investigados e responsabilizados.
"Não há como se contestar o resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, antidemocráticos e criminosos que serão combatidos e os responsáveis apurados e responsabilizados sob a pena da lei", disse.
"A democracia venceu novamente no Brasil", reforçou ele, durante a primeira sessão do plenário do TSE após as eleições e os bloqueios de rodovias país afora de bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições, além de protestos pedindo intervenção militar contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes destacou que a "maioria massacrante" dos eleitores brasileiros são democratas e aceitaram democraticamente o resultado das eleições.
"Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando atos antidemocráticos serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas", frisou.
Após dias de bloqueios por caminhões e manifestantes, somente na quarta-feira à noite que o presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro divulgou um vídeo em que pediu a seus apoiadores liberarem as rodovias.
Em sua fala, Moraes disse que o TSE atuou com total transparência nas eleições porque tem certeza absoluta da confiabilidade das urnas. Ele citou a chancela de organismos e observadores nacionais e internacionais ao sistema eleitoral brasileiro.
Antes do pleito, Bolsonaro lançou diversos ataques, sem provas, sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e chegou a insinuar que poderia não aceitar o resultado das eleições.