LIMA (Reuters) - A cidadela inca Machu Picchu, principal atração turística do Peru, reabriu suas portas na quarta-feira depois de ficar fechada por quase um mês, em meio a violentos protestos antigovernamentais no país que deixaram pelo menos 60 mortos.
O cidadão coreano Minkyoung Lee, de 57 anos, que comprou seu ingresso na segunda-feira no Centro Cultural de Machu Picchu, foi o primeiro a entrar na cidadela construída há mais de 500 anos no topo de uma montanha na região andina de Cusco, informou o escritório local de turismo.
Até o meio-dia, 700 turistas tinham entrado em Machu Picchu. O local costuma receber mais de um milhão de pessoas por ano, número que havia diminuído após a pandemia de Covid-19.
"Tivemos toda a viagem organizada, as pessoas compraram as passagens, o hotel e esperamos até o último segundo e felizmente no dia que tínhamos os ingressos reabriu e pudemos entrar, então estamos super felizes”, disse uma turista espanhola não identificada em Machu Picchu.
Machu Picchu, um extraordinário complexo de edificações de pedra, foi construída durante o Império Inca.
A chefe do departamento de Cultura de Cusco, Martiza Candia, afirmou que foi possível abrir oficialmente o acesso à cidadela inca depois que o governo anunciou seu fechamento em 21 de janeiro para garantir a segurança da população em meio aos protestos que sacodem o país desde dezembro.
Embora continuem os protestos e bloqueios de estradas por parte dos manifestantes, que se concentram no sul do Peru, nos últimos dias houve uma relativa calma. A única linha ferroviária que leva à cidadela inca, que foi bloqueada por um momento, funcionava normalmente.
Machu Picchu, que desde 2007 é considerada uma das novas sete maravilhas do mundo, foi reconhecida em 1983 como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.
(Reportagem de Carlos Valdez e Liamar Ramos)