Posse de Lula já tem 12 chefes de Estado confirmados, diz gabinete de transição

Publicado 07.12.2022, 14:11
Atualizado 07.12.2022, 14:16
© Reuters. 31/08/2022
REUTERS/Bruno Kelly

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O gabinete de transição tem até o momento a confirmação da presença de 12 chefes de Estado para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou nesta quarta-feira o grupo técnico de organização, depois dos convites terem sido enviados na última segunda-feira.

De acordo com o embaixador Fernando Igreja, chefe do cerimonial da posse presidencial, os convites, feitos pelo Itamaraty, foram enviados a todos os países com os quais o Brasil tem relação diplomática.

Até o momento estão confirmadas as presenças dos presidentes da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, de Angola, João Lourenço, da Argentina, Alberto Fernández, da Bolívia, Luis Arce, de Cabo Verde, José Maria Neves, do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, da Costa Rica, Rodrigo Chaves, de Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do rei da Espanha, Felipe 6º.

Por questões de segurança, o governo norte-americano não informa oficialmente, com antecedência, o seu representante. Mas, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, a expectativa é que Joe Biden seja representado pelo secretário de Estado, Antony Blinken.

De acordo com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja -que coordena o GT, a expectativa é de um grande número de chefes de Estado presentes. "Talvez seja maior presença de chefes de Estado até hoje", disse.

De acordo com uma fonte da transição, a segurança da posse trabalha hoje com a presença de 50 chefes de Estado ou personalidades de grande relevância, o que é um número significativamente maior do que na posse de Jair Bolsonaro, em 2018.

Naquele ano, estiveram presentes 10 chefes de Estado e três vice-presidentes.

O cerimonial ainda trabalha para tentar solucionar a questão do convite ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que Lula quer que seja convidado para sua posse. Fernando Igreja lembra que o atual governo rompeu relações diplomáticas com a Venezuela em março de 2020 e, por isso, o governo do país não pode ser convidado pelos canais diplomáticos comuns.

Além disso, em 2019, um decreto de Bolsonaro impediu a entrada no Brasil de membros de alto escalão do governo venezuelano, incluindo Maduro.

"Atual governo suspendeu as relações com a Venezuela, não foi possível transmitir o convite por essa forma (pelo Itamaraty), mas essa questão estás sendo tratada pela gabinete de transição para que possamos transmitir o convite", disse Igreja, acrescentando que também está sendo analisada a questão da entrada de Maduro no país.

Janja confirmou ainda que Lula fará o desfile em carro aberto na esplanada, mas ressaltou que o Rolls-Royce (LON:RR) tradicionalmente usado --um presente da rainha britânica Elizabeth 2ª ao governo brasileiro-- teria sido danificado na última posse, o que pode dificultar seu uso. A primeira-dama não soube dar detalhes sobre qual seria o problema.

Depois do desfile, Lula chegará ao Congresso em torno de 15h, onde é oficialmente empossado e discursa. Depois, irá para o Planalto, onde faz um segundo discurso à população no Parlatório, e recebe a faixa presidencial --ainda não se sabe quem será o responsável por entregar a faixa, já que Bolsonaro tem dito que não irá passá-la a seu sucessor, como manda o protocolo.

Fechada há semanas para evitar a entrada de manifestantes golpistas, a Praça dos Três Poderes, em frente ao Parlatório, estará aberta na posse, garantiu Janja.

No Planalto, Lula recebe ainda os cumprimentos de chefes de Estado e outros convidados. No início da noite, os recebe para um coquetel no Palácio do Itamaraty, ao mesmo tempo em que na Esplanada dos Ministérios iniciará um festival musical, em dois palcos, que já conta com a confirmação de pelo menos 30 artistas brasileiros, incluindo Paulinho da Viola, Pablo Vittar, Maria Rita, Teresa Cristina, entre outros.

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