Por Darya Korsunskaya e Natalia Zinets
MOSCOW/KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta segunda-feira que tinha ouvido que quarta-feira pode ser o dia da invasão russa ao país, e que vai proclamar a data como dia da unidade nacional ucraniana.
Zelenskiy, que vinha minimizando as sugestões de que um ataque é iminente, não disse quem havia sugerido a data de 16 de fevereiro. No entanto, vários veículos de comunicação dos Estados Unidos relataram na semana passada que Washington acredita que essa é a data em que as forças russas estariam prontas se o presidente Vladimir Putin desse a ordem de invasão.
"Eles nos disseram que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Faremos dele um dia de unidade", disse Zelenskiy em um discurso em vídeo para a nação. "Eles estão tentando nos assustar, indicando mais uma vez uma data para o início da ação militar".
Um decreto foi assinado para que sejam penduradas bandeiras nacionais e usadas faixas amarelas e azuis naquele dia, acrescentou.
A Rússia sugeriu nesta segunda-feira que está pronta para continuar conversando com o Ocidente para tentar desarmar a crise de segurança, enquanto os Estados Unidos disseram que Moscou estava aumentando sua capacidade militar a cada dia para um potencial ataque à Ucrânia.
A Rússia tem mais de 100.000 soldados reunidos perto da fronteira da Ucrânia. Moscou nega as acusações ocidentais de que está planejando uma invasão, mas diz que poderia tomar medidas "militar-técnicas" não especificadas, a menos que uma série de exigências seja atendida, incluindo impedir a Ucrânia de aderir à aliança militar Otan.