Por Eduardo Simões e Rodrigo Viga Gaier
(Reuters) - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade nesta segunda-feira pela manutenção das prisões do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, acusados de mandar matar a vereadora Marielle Franco, em 2018, além do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.
Acompanharam a decisão do relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, todos os demais quatro magistrados que compõem a turma -- Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux -- em sessão realizada no plenário virtual da corte.
Os irmãos Brazão foram presos no domingo apontados pela Polícia Federal como mandantes do assassinato de Marielle e seu motorista Anderson Gomes quando deixavam um evento político na noite de 14 de março de 2018. Rivaldo Barbosa foi acusado pela PF de buscar atrapalhar as investigações e também de ter participado do planejamento do crime.
Na noite de domingo, o União Brasil anunciou a expulsão de Chiquinho Brazão do partido, após ele ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora, que era filiada ao PSOL.
Também nesta segunda-feira, a corregedoria da Polícia Civil do Rio começou a investigar as condutas de Rivaldo Barbosa e do também delegado Giniton Lajes, alvo de mandado de busca e apreensão durante a operação da Polícia Federal no domingo.
Um inquérito foi aberto e ambos podem, como pena máxima, ser expulsos da corporação.
Rivaldo foi chefe da Polícia Civil e Lajes o responsável pelas investigações sobre o assassinato da vereadora
A corregedoria já pediu acesso ao relatório que levou à prisão de Barbosa à prisão.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo, e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)