Por Eduardo Simões
(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devem entregar na terça-feira o texto da proposta de novo arcabouço fiscal aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Palácio do Planalto, disse a jornalistas nesta segunda-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O ministro explicou que Lula deverá aproveitar as presenças de Lira e Pacheco no Planalto para uma reunião com chefes dos Poderes, governadores e prefeitos sobre violência nas escolas para entregar formalmente o texto das propostas aos presidentes das duas Casas do Congresso.
"Estamos na expectativa amanhã da entrega pelo ministro Fernando Haddad, pelo presidente Lula, ao presidente da Câmara, ao presidente do Senado, ao Congresso Nacional do texto do novo marco fiscal", disse Padilha.
"A ideia é no próprio Palácio do Planalto. Vamos ter uma reunião com governadores, com prefeitos para tratar do tema das escolas, aproveitar a ida dos presidentes das duas Casas ao Palácio do Planalto e fazer uma entrega formal do texto sob a liderança do ministro Fernando Haddad... juntamente com o presidente", acrescentou.
A reunião sobre a violência nas escolas está marcada para 9h30 de terça.
Padilha assegurou que o texto a ser entregue a Lira e Pacheco "vai expressar exatamente" as linhas gerais do novo regramento já apresentadas por Haddad. O ministro, responsável pela articulação política do governo, disse ainda esperar que a Câmara, por onde o texto começará a tramitar antes de ir ao Senado, defina um relator para o arcabouço ainda nesta semana.
Padilha avaliou que a proposta de um novo marco fiscal não divide governo e oposição e disse esperar que a proposta seja rapidamente aprovada pelo Congresso. Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, disse esperar que a proposta seja aprovada na Câmara em entre 15 e 20 dias.
Na entrevista a jornalistas, após se reunir com Lula no Palácio da Alvorada, Padilha também disse que o novo marco fiscal e a aprovação dos conteúdos das medidas provisórias enviadas por Lula ao Legislativo são as duas grandes prioridades legislativas do governo para este primeiro semestre.
"Nós temos duas grandes prioridades para o primeiro semestre", disse. "Tanto a aprovação das medidas provisórias, do conteúdo das 12 medidas provisórias... e junto com isso aprovar o novo marco fiscal", disse.
O ministro disse também que a proposta de reforma tributária deve ser apresentada até 19 de maio e que o governo também gostaria de aprová-la ainda na primeira metade deste ano.