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Rei Charles encerra visita ao Quênia marcada por passado colonial

Publicado 03.11.2023, 16:52
Atualizado 03.11.2023, 16:55
© Reuters. O presidente queniano, William Ruto, caminha com o rei Charles antes da partida do britânico do Aeroporto Internacional Moi
03/11/2023
BEN STANSALL/Pool via REUTERS

MOMBASA (Reuters) - O rei Charles e a rainha Camila estiveram na mesquita mais antiga da África Oriental e em um forte de séculos atrás nesta sexta-feira, concluindo visita de Estado de quatro dias ao Quênia marcada por questões sobre o legado colonial do Reino Unido.

Charles se reuniu com líderes religiosos muçulmanos, cristãos, hindus e de tradições africanas na cidade costeira de Mombasa e visitou o Forte Jesus, construído pelos portugueses no século 16. A forte chuva impediu que o casal real andasse de tuk-tuk entre os locais.

Primeira de Charles a uma ex-colônia britânica desde que ascendeu ao trono em setembro do ano passado, a visita concentrou-se na cooperação próxima entre os dois países para o desenvolvimento econômico, mudanças climáticas e questões de segurança.

Ele expressou seu "profundo arrependimento" pela violência durante a luta pela independência do Quênia, mas não ofereceu o pedido de desculpas que muitas vítimas e seus descendentes cobravam.

Forças britânicas mataram, torturaram e detiveram dezenas de quenianos durante a revolta Mau Mau entre 1952 e 1960, e o regime colonial confiscou vastas extensões de terras férteis ao redor do país durante quase sete décadas de governo.

Os comentários de Charles, avaliados pelo presidente queniano William Ruto como um bom primeiro passo, contrastaram com os do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, durante uma visita à vizinha Tanzânia nesta semana.

Steinmeier desculpou-se às vítimas do governo colonial da Alemanha naquele país no fim do século 19 e começo do século 20 e pediu perdão pela supressão brutal da rebelião Maji Maji entre 1905 e 1907, durante a qual até 300.000 pessoas morreram.

"Como a Alemanha teve a oportunidade de pedir desculpas aos tanzanianos, esse é um passo muito grande para a admissão de que eles de fato erraram com nossos irmãos africanos", disse Derrick Amuli, um músico de Mombasa.

"Por outro lado, os britânicos não chegaram à conclusão de que precisam pedir desculpas para nós porque parece que os estamos forçando a se desculpar. Eles precisam se desculpar como todos os outros", disse Amuli.

© Reuters. O presidente queniano, William Ruto, caminha com o rei Charles antes da partida do britânico do Aeroporto Internacional Moi
03/11/2023
BEN STANSALL/Pool via REUTERS

O governo britânico fechou um acordo extra-judicial de 20 milhões de libras (equivalente a 24 milhões de dólares) em 2013 com mais de 5.200 sobreviventes dos abusos durante a revolta Mau Mau, mas se recusou a emitir um pedido de desculpas e rejeitou reivindicações de outras comunidades.

O Alto Comissário britânico para o Quênia disse semana passada que um pedido de desculpas de Charles colocaria o seu país em um "difícil território legal".

(Reportagem de Hereward Holland; Reportagem adicional de Nuzulack Dausen)

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