Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves votou na noite desta terça-feira por tornar Jair Bolsonaro inelegível, destacando que a responsabilidade do ex-presidente é inequívoca e que ele buscou minar a credibilidade das eleições brasileiras, em especial o Tribunal Superior Eleitoral com ataques, e ainda flertou com o golpismo.
Benedito se manifestou pela condenação de Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo fato de o então presidente da República ter usado uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado para atacar o sistema eletrônico de votação.
Na ação movida pelo PDT, o relator votou para considerar Bolsonaro inelegível por oito anos a contar das eleições de 2022. Ele votou para absolver o então candidato a vice, Walter Braga Netto, por não ter participação nos crimes.
O julgamento foi suspenso logo após o voto de Benedito Gonçalves e será retomado na quinta-feira pela manhã com o voto do ministro Raul Araújo, o segundo dos sete ministros a votar.