(Reuters) - O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Raul Araújo determinou a quebra dos sigilos telefônico e bancário do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no âmbito de operação da Polícia Federal que investiga supostos pagamentos de vantagens ilícitas em programas assistenciais do Estado, informou o site de notícias G1 nesta quarta-feira.
O irmão do governador também foi alvo da operação Sétimo Mandamento da PF, que, ao cumprir mandado de busca em sua casa, apreendeu 128 mil reais e 7,5 mil dólares em espécie, segundo o G1.
A operação de busca resultou ainda na apreensão de anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.
A operação da PF foi deflagrada para apurar, segundo o G1, supostos pagamento de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de 70 milhões de reais.
Nota divulgada pela assessoria do governador argumenta que “a operação deflagrada nesta quarta-feira não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019".
"Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente”.