Por Sarah N. Lynch
(Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse nesta segunda-feira que sua residência em Mar-A-Lago, em Palm Beach, na Flórida, foi alvo de uma operação do FBI.
"Depois de trabalhar e cooperar com as agências governamentais relevantes, esta incursão não anunciada em minha casa não foi necessária nem apropriada", disse Trump em comunicado.
Trump não disse por que a operação aconteceu. A residência de Mar-A-Lago "está atualmente sitiada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI", afirmou. "Eles até arrombaram meu cofre", acrescentou.
O Departamento de Justiça se recusou a comentar sobre a operação. O escritório de campo do FBI em Miami não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A CNN informou que Trump não estava na propriedade no momento da invasão e que o FBI tinha um mandado de busca para entrar nas instalações.
Trump, que fez de seu clube em Palm Beach sua casa desde que deixou a Casa Branca em janeiro de 2021, geralmente passa os verões em seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey, porque Mar-a-Lago normalmente fecha em maio para o verão.
O Departamento de Justiça dos EUA lançou uma investigação sobre a remoção de Trump de registros presidenciais oficiais da Casa Branca para sua propriedade na Flórida, disse uma fonte familiarizada com o assunto em abril.
A investigação ocorre depois que a Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA notificou o Congresso em fevereiro de que havia recuperado cerca de 15 caixas de documentos da Casa Branca da casa de Trump na Flórida, algumas das quais com material sigiloso.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados dos EUA na época anunciou que estava expandindo uma investigação sobre as ações de Trump e pediu aos Arquivo que entregasse informações adicionais. Trump já confirmou que havia concordado em devolver certos registros ao Arquivo, chamando de "um processo comum e rotineiro".
(Reportagem de Eric Beech, em Washington)