BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teve sua prisão em flagrante por porte ilegal de arma convertida nesta sexta-feira em preventiva pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Valdemar foi detido em Brasília na quinta-feira após ter sido alvo de mandados de busca e apreensão nas investigações realizadas pela Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado por pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL. Durante as buscas, o líder partidário foi autuado também por deter uma pepita de ouro sem registro. Nesta sexta-feira ele passou por audiência de custódia.
"O ministro Alexandre de Moraes manteve as prisões preventivas de Rafael Martins de Oliveira, Marcelo Costa Câmara e Filipi Garcia. A prisão em flagrante de Valdemar Costa Neto foi convertida em prisão preventiva. No caso dele, o ministro deu prazo de 24 horas para a PGR se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória que foi apresentado pela defesa e deferiu o pedido de vista dos autos", informou o STF.
Oliveira, Câmara e Garcia foram presos na véspera na operação da PF.
Procurado pela Reuters antes da conversão da prisão, Marcelo Bessa, um dos advogados de Valdemar, disse que não iria comentar a decisão de manter seu cliente preso.
O também advogado e responsável pela comunicação do PL Fabio Wajngarten, ex-ministro do governo Bolsonaro, foi às redes sociais protestar contra a decisão.
"A não soltura do presidente Valdemar nesse momento só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive. Minha solidariedade à ele, bem como à sua esposa e familiares", disse. "Vergonhoso", acrescentou ele no X, antigo Twitter, em caixa alta.
(Reportagem de Ricardo Brito)