Por Iain Axon e Karolos Grohmann e Joseph Campbell
PEQUIM (Reuters) - A patinadora artística russa Kamila Valieva argumentou que seu teste positivo para doping foi causado por um engano envolvendo o medicamento para o coração de seu avô, disse uma autoridade olímpica nesta terça-feira.
A defesa da jovem de 15 anos foi revelada enquanto Pequim se prepara para um momento olímpico sem precedentes --os melhores patinadores artísticos do mundo competirão na disputa individual com a probabilidade de não receberem medalhas nos Jogos de Inverno de Pequim.
Denis Oswald, presidente permanente da comissão disciplinar do Comitê Olímpico Internacional, disse que Valieva alegou em uma audiência da Corte Arbitral do Esporte (CAS) que decidiu se ela poderia continuar competindo que houve um engano.
"O argumento dela foi que essa contaminação aconteceu com um produto que seu avô estava tomando", disse Oswald.
A Agência Mundial Antidoping (Wada), o COI, a Agência Antidoping Russa (Rusada) e o Comitê Olímpico Russo (ROC) não responderam imediatamente aos e-mails da Reuters após os comentários de Oswald.
A adolescente russa foi liberada pela CAS para competir no evento individual feminino depois que um painel de três juízes concordou com a decisão da Rusada de suspender a punição da atleta.
A CAS, no entanto, não abordou os méritos de seu caso de doping, que agora aguarda uma audiência da Rusada.
Valieva foi testada no campeonato nacional russo em 25 de dezembro, mas o teste positivo para a droga proibida para angina trimetazidina não foi revelado até 8 de fevereiro, depois que ela já havia competido nos Jogos de Pequim no evento por equipes.