(Reuters) - A comemoração frenética do técnico Thomas Tuchel com o gol de Kai Havertz aos 44 minutos do segundo tempo, neste domingo, demonstrou perfeitamente a pressão sob a qual o Chelsea tem estado nesta semana.
Sua equipe e o clube londrino têm vivido incertezas sobre seu futuro desde que o governo britânico impôs sanções ao proprietário do clube, Roman Abramovich, que é russo, na quinta-feira passada, e congelou seus ativos.
Contra o ressurgente Newcastle United, comprado em outubro do ano passado por um consórcio liderado pela Arábia Saudita, o Chelsea por vezes pareceu incerto, sem seu jogo normalmente fluido, perdendo a bola e sem conseguir acertar o passe final.
Mas quando Jorginho lançou a bola e o alemão Havertz a controlou com o pé esquerdo antes de chutar com o direito e selar a vitória por 1 a 0, o alívio em Stamford Bridge foi palpável e as comemorações, exuberantes.
“No intervalo, falamos sobre permanecermos positivos, ficarmos calmos e tentarmos jogar nosso futebol”, disse Havertz.
O Chelsea, campeão europeu e terceiro colocado no Campeonato Inglês, recebeu uma licença especial para continuar operando, mas com severas restrições.
Tuchel disse que, em muitos aspectos, a vida mudou menos para ele e para os jogadores --que estavam treinando e jogando como de costume-- do que para os demais funcionários do clube, que estão compreensivelmente preocupados com seus empregos.
"Temos algumas circunstâncias que não podemos influenciar de algumas maneiras, não é tão bom... por outro lado, dá a você a liberdade de se concentrar nas coisas que você pode influenciar", disse ele a repórteres.
(Reportagem de Clare Lovell)