SÃO PAULO (Reuters) - O governo de Minas Gerais embargou todas atividades da mineradora Samarco na região de Mariana, onde o rompimento de duas barragens da companhia na última semana deixou 25 desaparecidos e 601 desabrigados até o momento, informou em nota a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
A Samarco --uma joint venture da maior companhia de mineração do mundo, BHP Billiton, com a Vale-- somente poderá retomar as atividades na região "após a apuração e a adoção de medidas de reparo dos danos provocados", disse a secretaria mineira.
"Há uma previsão legal, que permite a suspensão emergencial das atividades, para apurar as causas e as consequências do evento para a saúde da população e para o meio ambiente", informou o comunicado do governo mineiro.
A Samarco está autorizada apenas desenvolver ações emergenciais voltadas a minimizar os impactos do acidente ou prevenir novos problemas, disse a secretaria.
Até o momento, nem autoridades e nem a Samarco determinaram as causas da ruptura das barragens, e os trabalhos de busca por corpos de vítimas seguem em curso, com duas mortes já confirmadas.
A Samarco, com capacidade de produção anual de cerca de 30 milhões de toneladas, não estipulou prazo para a retomada das atividades, dizendo que a prioridade seria a ação emergencial para minimizar os impactos do acidente.
Procurada, a Samarco informou que, até o momento, não foi comunicada sobre qualquer decisão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
(Por Luciano Costa)