(Reuters) - O ministro da Justiça, Torquato Jardim, criticou neste sábado o noticiário sobre eventual troca no comando da Polícia Federal, mas não deu qualquer sinal se manterá o atual diretor do órgão, Leandro Daiello.
Em declaração conjunta a jornalistas logo após reunião entre os dois em Brasília, Torquato disse que o Ministério e a PF trabalham em "absoluta harmonia" e que "o noticiário que está aí não corresponde à realidade, não constroi afabilidade em nada ajuda a boa condução dos interesses públicos".
As declarações vêm em meio à intensa veiculação na mídia sobre substituição de Daiello, motivada por pressão do governo do presidente Michel Temer, como forma de eventualmente interferir na operação Lava Jato, o que o governo tem negado.
No dia em que assumiu o Ministério, no último dia de maio, Torquato afirmou que decidiria sobre eventual troca na PF em três meses.
"Não há nomes, há instituições; não estamos preoucupados com personalidades, estamos preocupados com as instituições", disse Torquato neste sábado, antes de afirmar que na reunião deste sábado foram discutidos assuntos como modernização, maior uso da tecnologia na proteção das fronteiras do país e maior internacionalização da PF, no combate a crimes transnacionais.
Logo em seguida, Daiello repetiu a menção aos assuntos citados pelo ministro como as prioridades do governo para a PF.
Ambos saíram sem responder a perguntas dos jornalistas.
(Por Aluísio Alves, em São Paulo)