Investing.com - A cotação do petróleo se recuperava nesta quarta-feira, atingindo nova máxima de três anos e meio, após Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ter se retirado do acordo nuclear internacional com o Irã, aumentando o risco de conflito no Oriente Médio e gerando incertezas sobre a oferta global de petróleo.
Contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançavam US$ 2,08 ou 2,8%, para US$ 76,93 o barril às 04h35 após ter atingido, ainda durante a sessão, US$ 77,20, valor mais alto desde novembro de 2014.
Enquanto isso, contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova York, tinham alta de US$ 1,86, ou 2,7%, e eram negociados a US$ 70,92 o barril após terem atingido, durante a sessão, US$ 71,17, máxima também vista apenas no final de 2014.
A cotação do petróleo caiu na sessão passada, embora tenha fechado acima de seu ponto mínimo após o anúncio de Trump.
Em um discurso televisionado na terça-feira, Trump disse que os Estados Unidos se retirariam do acordo internacional de 2015, concebido para negar a Teerã a capacidade de construir armas nucleares, e também restabelecer "o mais alto nível de sanções econômicas" contra Irã.
Alguns analistas disseram que o restabelecimento de sanções poderia levar a um fornecimento mundial mais reduzido de petróleo, uma vez que dificulta a exportação de petróleo pelo Irã.
O Irã, que é um grande produtor de petróleo do Oriente Médio e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), retomou seu papel como um grande exportador de petróleo em janeiro de 2016, quando as sanções internacionais contra Teerã foram removidas em troca de restrições ao programa nuclear iraniano.
Enquanto isso, investidores de petróleo aguardam novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial dos estoques de petróleo referente à semana encerrada em 4 de maio às 11h30 em meio a expectativas de redução em torno de 719.000 barris.
Analistas também preveem uma redução de 485.000 barris nos estoques de gasolina, ao passo que os estoques de destilados deverão ter redução de 1,3 milhão de barris.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram redução de quase 1,9 milhão de barris na semana passada.
Os dados do API também mostraram uma queda de 2,1 milhões de barris nos estoques de gasolina, ao passo que estoques de destilados tiveram uma redução de 6,7 milhão de barris.
Frequentemente há fortes divergências entre os as estimativas do API e números oficiais da EIA.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina avançavam 1,2% para US$ 2,159 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha ganhos de 2,5% e era negociado a US$ 2,211 o galão.
Contratos futuros de gás natural estavam em leve alta, cotados a US$ 2,740 por milhão de unidades térmicas britânicas.