Negociações para autoprodução de energia no Brasil paralisam por insegurança jurídica
- Mercados dos EUA devem abrir em recordes, apoiados pelo forte apetite por tecnologia.
- Ações da Intel saltaram 20% no pré-mercado após investimento de US$ 5 bilhões da Nvidia.
- Futuros do S&P 500 avançam com estratégia de comprar nas correções, apesar das dúvidas sobre valuations.
Os mercados acionários dos EUA devem abrir em novas máximas históricas, um dia após a esperada decisão do corte de juros pelo Fed, seguida do alerta de Powell de que “não há caminhos sem risco” para a política monetária, comentário que trouxe alguma volatilidade. Desde então, os futuros dos índices voltaram a subir, sustentados pelo forte apetite por ações de tecnologia e pela queda nos rendimentos dos Treasuries.
As ações da Intel (NASDAQ:INTC) dispararam 20% no pré-mercado após a notícia de que a Nvidia (NASDAQ:NVDA) concordou em adquirir uma participação de US$ 5 bilhões na fabricante de chips. Com os futuros do S&P 500 renovando máximas e mantendo força, as preocupações com avaliações esticadas ficaram, por ora, em segundo plano.
Esse tema, no entanto, pode voltar ao debate com a aproximação da temporada de balanços do terceiro trimestre, em outubro. Por enquanto, a estratégia de comprar nas correções segue predominante.
Projeção do Fed com dois cortes apoia ações, enquanto preocupações com valuations ficam de lado
A queda após a reunião do FOMC foi novamente aproveitada pelos investidores, que reagiram positivamente à sinalização de mais dois cortes de juros até 2025. O mercado está convencido de que o Fed priorizará a sustentação do emprego, deixando em segundo plano a inflação de curto prazo. Com os futuros do S&P 500 em novas máximas, os rendimentos dos Treasuries e o dólar recuaram, enquanto ouro e moedas estrangeiras avançaram.
O foco agora permanece nos próximos indicadores econômicos, que definirão o ritmo do afrouxamento monetário além de 2025.
Fed concentra atenção no emprego, não na inflação
Os últimos ganhos ocorreram após Powell alertar que “não há caminhos sem risco” para a política monetária, mesmo depois de as projeções do Fomc indicarem mais dois cortes em 2025.
Parte do mercado teme que, se empresas repassarem custos mais altos decorrentes das tarifas, a inflação volte a acelerar, forçando uma pausa ou até mesmo uma reversão do ciclo de cortes. Por ora, esse risco foi deixado em segundo plano diante de sinais de forte desaceleração das contratações, que podem elevar o desemprego.
Assim, embora reduzir juros com inflação ainda elevada pareça contraintuitivo, o Fed tem atribuído maior peso ao componente de emprego em seu duplo mandato.
Preocupações com valuations
Até agora, os investidores têm comprado em todas as quedas, impulsionados pelo otimismo em torno da inteligência artificial e pelo desempenho consistente das big techs, que vêm superando as estimativas de lucro e sustentando avaliações elevadas. Fora do setor de tecnologia, entretanto, crescem os receios de formação de uma bolha sem suporte em resultados sólidos.
Segundo a Bloomberg, um índice do S&P 500 que exclui tecnologia subiu 13% no último ano, contra apenas 6,4% de alta nos lucros.
Mais preocupante, o setor de materiais — incluindo químicos e mineradoras — avançou 9% em 2025, mesmo com queda de 13% nos resultados. O risco é que, se as big techs reduzirem o ritmo, por exemplo realizando lucros, o restante do mercado não consiga sustentar a trajetória de alta.
Análise técnica do S&P 500 e níveis a observar
O quadro técnico mostra que o mercado continua formando topos e fundos ascendentes. Nesse ambiente, a estratégia de comprar nas correções ainda faz sentido, mesmo que a tendência pareça madura, com o IFR novamente em níveis de sobrecompra acima de 70 nos gráficos diário, semanal e mensal.
O IFR em patamar elevado pode sinalizar risco, mas também evidencia força e momentum do mercado, o que torna difícil justificar posições vendidas. Essa abordagem só deve ganhar relevância caso importantes suportes sejam rompidos. Por ora, o caminho de menor resistência segue sendo a alta.
Entre os níveis a monitorar estão 6.686 e 6.611 pontos, que marcaram, respectivamente, a máxima e a mínima de quarta-feira. Este último coincide ainda com a linha de tendência de alta — e um rompimento poderia acelerar a queda com acionamento de stops. Caso contrário, permanece aberto o espaço para avanço até a projeção de 161,8% de Fibonacci em 6.991, com resistências intermediárias nas zonas psicológicas de 6.700, 6.800 e 6.900 pontos.
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