👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Soldados do Irã entram na guerra síria; Rússia bombardeia grupo treinado pela CIA

Publicado 01.10.2015, 19:42
Atualizado 01.10.2015, 19:58
© Reuters. Chanceler russo, Sergei Lavrov, concede entrevista em Nova York

Por Laila Bassam e Andrew Osborn

BEIRUTE/MOSCOU (Reuters) - Centenas de soldados iranianos chegaram à Síria para se juntar a uma grande ofensiva terrestre em apoio ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, disseram fontes libanesas nesta quinta-feira, numa indicação de que a guerra civil se tornará cada vez mais um assunto de escopo regional e global.

Aviões de guerra russos, em um segundo dia de ataques, bombardearam um acampamento mantido por rebeldes treinados pela CIA, disse o comandante do grupo, colocando Moscou e Washington em lados opostos em um conflito no Oriente Médio pela primeira vez desde a Guerra Fria.

Em conversas via teleconferência por uma hora, militares russos e norte-americanos discutiram modos de garantir que seus aviões de guerra não entrem em confronto enquanto conduzem diferentes ataques aéreos sobre a Síria, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, a jornalistas. Ele afirmou ter sido a primeira em uma série de conversações.

Duas fontes libanesas disseram à Reuters que centenas de soldados iranianos alcançaram a Síria nos últimos 10 dias com armamentos para organizar uma grande ofensiva terrestre. Eles também receberiam apoio do libanês Hezbollah, também aliado de Assad, e de milicianos xiitas vindos do Iraque, enquanto a Rússia ficaria a cargo da cobertura aérea.

"A vanguarda das forças terrestres iranianas começaram a chegar à Síria: soldados e oficiais especificamente para participar da batalha. Eles não são conselheiros... nós falamos de centenas, com equipamentos e armas. Eles serão seguidos por mais", disse uma das fontes.

Até agora, o apoio militar direto dos iranianos a Assad havia sido enviado sobretudo na forma de conselheiros militares. O Irã também já havia mobilizado milicianos xiitas, incluindo iraquianos e alguns afegãos, para lutar ao lado das forças do governo sírio.

Moscou disse ter atingido posições do Estado Islâmico, mas as áreas que atacou próximas às cidades de Hama e Homs são em grande parte controladas por uma aliança de insurgentes, que diferentemente do EI recebem apoio de aliados dos EUA, incluindo Estados árabes e a Turquia.

Hassan Haj Ali, líder do grupo rebelde Suqour al-Jabal que integra o Exército Sírio Livre, disse à Reuters que seu grupo foi um dos alvos na província de Idlib, sendo atingido por cerca de 20 mísseis em duas incursões diferentes. Seus militantes foram treinados pela CIA no Catar e na Arábia Saudita, como parte de um programa que Washington disse ter objetivo de apoiar grupos que se opõem tanto ao Estado Islâmico como a Assad.

Na Organização das Nações Unidas, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse em uma coletiva de imprensa que Moscou tinha o Estado Islâmico como alvo. Ele não negou especificamente que aviões russos tenham atacado instalações do Exército Sírio Livre, mas afirmou que a Rússia não vê o grupo como terrorista e sim como parte da solução política na Síria.

© Reuters. Chanceler russo, Sergei Lavrov, concede entrevista em Nova York

O objetivo é ajudar as Forças Armadas sírias "em seus pontos fracos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, descreveu as conversas militares desta quinta-feira como "cordiais e profissionais" e disse que um representante dos EUA levantou preocupações de que áreas alvejadas por aeronaves russas na Síria não fossem redutos do Estado Islâmico.

O chanceler alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse nesta quinta na ONU: "Em vez de decisões solitárias pela Rússia de realizar ações militares diretas na Síria, precisamos que a Rússia haja politicamente para advogar pela transição na Síria."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.